Bernd Schuster explicou seu motivo para se aposentar da seleção da Alemanha Ocidental com apenas 24 anos de idade, citando grandes desentendimentos com a federação alemã que o levaram a
Aos 20 anos, Schuster fez sua estreia internacional, um ano antes de vencer o Campeonato Europeu em 1980. Nomeado para a Equipe do Torneio, suas atuações naquela temporada também lhe renderam o segundo lugar no prêmio de melhor jogador da Europa, atrás do companheiro de equipe Karl-Heinz Rummenigge.
No entanto, depois de ter jogado 21 vezes entre 1979 e 1984, marcando quatro gols, Schuster pendurou as chuteiras internacionais. Insatisfeito com o tratamento percebido que estava recebendo, ele se afastou da Alemanha Ocidental para se concentrar no futebol de seu clube no Barcelona.
“Fiquei irritado com a federação alemã por não reconhecer todos os esforços que eu estava fazendo apenas para jogar pelo meu país”, explicou Schuster ao QuatroQuatroDois.
“Fizemos um amistoso contra o Brasil (em 1981) e eu queria muito estar lá, mas o Barça tinha um jogo da Copa del Rey contra o Rayo Vallecano no mesmo dia – o Barça não me deixou ir, então fugi sem o permissão.
“A federação alemã estava com raiva de mim por fazer isso e eu estava farto deles por causa disso. Senti que estava sendo forçado a pagar o preço por querer representar meu país.”
Schuster também se recusou a jogar contra a Albânia em 1984, optando por ficar em casa para o nascimento de seu segundo filho, David. Isso causou indignação nacional e aumentou ainda mais sua decisão de se aposentar do futebol internacional.
Se tivesse continuado jogando pela seleção, quase certamente teria feito parte da equipe que venceu a Copa do Mundo de 1990. Naturalmente, Schuster lamenta a decisão, culpando sua juventude pela má forma como lidou com a situação.
“Sim, claro (eu me arrependo). Eu ainda era jovem, imprudente e impulsivo. Aquela geração venceu a Copa do Mundo de 1990 e eu poderia estar lá.
“Eu não tinha ninguém ao meu lado para dar bons conselhos. Nenhum jogador na Alemanha tinha um agente na época – apenas Beckenbauer, mais ninguém.”